domingo, 18 de dezembro de 2011

O sofrimento do Justo e o seu propósito

             O sofrimento do justo parece não ter um motivo aparente, e você pode se perguntar o porquê que Deus permite a provação? Não é Ele maior do que Satanás? Não tem maior poder? A verdade é que Satanás sente-se dono deste mundo. “Tudo isso te darei” – disse Satanás a Jesus – “se prostrado me adorares” (Mateus 4.9). Ele (o Diabo) sente-se dono deste mundo e pensa que tem o direito de intervir junto à criação de Deus, para trazer sofrimento, dor, desespero.
              Deus nunca prometeu que não sofreríamos. O filho de Deus (Jesus Cristo) passou por sofrimento e aflições, e deixou o alerta dizendo que “no mundo teríamos aflições” (João 16.33), mas que Ele nos deixaria paz (João 14.27).
Por que sofremos?
             Tiago 5.17 diz que “Elias era homem sujeito as mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra”. Você pode imaginar o grande profeta Elias, dizendo para a chuva que ela não deveria vir? Você pode se imaginar em meio a está tempestade e dizendo para a chuva não descer? Elias era homem sujeito as mesmas tempestades. Ele chegou a um ponto de sua vida, se deitou debaixo de uma árvore e pediu para morrer. Em outras palavras ele disse para Deus que não aguentava mais (1 Reis19.4). “Já basta!”
             Lázaro estava enfermo, as irmãs dele enviaram a Jesus um mensageiro com o seguinte recado: “…Senhor, está enfermo aquele a quem tu amas.” Aqueles a quem Jesus ama, podem ficar enfermos. Mas a Bíblia afirma em João 11.32 que Lázaro morreu. E Maria reclamou: “…Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido.” Ter Jesus não significa seguro de vida. Mas ter Jesus significa que ainda quando morto, viverá (João 11.25).
            Agora observe o relato da vida de um homem chamado Jó. Ele foi considerado pelo próprio Deus como um dos três homens mais piedosos de todos os tempos (Ezequiel 14.14). Não é sem razão que, em hebraico, seu nome tenha um significado tão amoroso: voltado para Deus. Jó era de uma terra chamada Uz, localizada no Norte da Arábia.
             A narrativa do livro de Jó introduz o testemunho do próprio Deus a Satanás sobre os valores de seu servo (Jó 1.8).Tudo ia bem com Jó. Mas por mais perfeita e agradável que fossem as obras de Jó, jamais poderemos justificar-nos diante de Deus, pois as obras não passa de trapos diante de Deus (Isaias 64.6). A pergunta de Miquéias deixa bem claro que não importa o que temos ou podemos oferecer, ainda é pouco se comparado a tudo que Deus é e faz por nós. “Com que me apresentarei ao Senhor e me inclinarei ante o Deus altíssimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?” (Miquéias 6.6).
Como poderá o homem justificar-se diante de Deus? (Jó 25.4) Que homem de Deus ainda não foi provado? Se Ele procura os seus fiéis (Salmos 101.6), se procura os verdadeiros adoradores (João 4.23). Uns são provados quanto a sua obediência, e outros quanto ao seu temperamento, outros, com respeito ao apego aos bens terrenos.
                Não foi isso que Ele fez com José? Observe o jovem hebreu na prisão do Egito – seus irmãos o venderam; a esposa de Potifar o entregou. Se o seu mundo está desabando, imagine o mundo de José. Tudo por ele ter sonhado. Maldito sonho! – ele poderia ter pensando – mas na verdade ele decidiu ser fiel.
Considere ainda Moisés, cuidando dos rebanhos no deserto. Era isso que ele pretendia fazer com sua vida? Foi por isso que ele estudou no Egito? Dificilmente.
E por fim o relato do Salmo 23. Ele diz que o “Senhor é o meu pastor” e em seguida afirma que “ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte não temeria”. Por que? “tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado (sofrimento) me consolam”.

Fonte: gospelprime

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